Aqui é onde a terra se despe
e o tempo se deita..

(Mia Couto, A Varanda do Frangipani)

sábado, 31 de maio de 2014

A dormência do tempo


Algumas horas são  incertas. Agora quase no tempo em que a estação muda, perto das seis da manhã nem o dia sabe se amanheceu ou a noite sabe se ainda demora. É tempo arrastado, é hora que se perde. É dia que não chega e noite que não acaba. Uma espécie de vazio atemporal. E ainda chove.

Quanta coisa que não se pode saber. Quanta coisa que deve deixar assim quieto no meio dessas horas dormentes. Um princípio de ironia.


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