Aqui é onde a terra se despe
e o tempo se deita..

(Mia Couto, A Varanda do Frangipani)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sobre o mito, ou a quebra dele


É como se houvesse ameaça de rompimento da casca que permaneceu intacta sobre a pele por todo esse tempo. Não acho uma razão exata e nem consigo estabelecer uma ordem cronológica nos acontecimentos. Me sinto estranhamente vulnerável agora, e também indecisa entre o fugir e o permanecer. Nada foi planejado, e pode ser apenas um monte de projeções noturnas causadas por semanas de uma insônia alucinógena. Conexão. Ou é  apenas medo. Lendo alguns livros não consigo deixar de imaginar que poderia ser uma história e, ao mesmo tempo não consigo enxergar como possibilidade real. Escrever é tão mais seguro do que sentir, se é que pode-se escrever sobre o que não foi sentido, então sinceramente não sei. Faz tempo que não chove aqui, a cidade está seca. Sobre todo o resto, só posso afirmar que é a imunidade é impossível em dezembro.


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