Aqui é onde a terra se despe
e o tempo se deita..

(Mia Couto, A Varanda do Frangipani)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tu, a porta e eu



 São solidões simétricas, não opostas, talvez paralelas. Com quilômetros exatos e endereço fixo, horários incertos e bagagens simples.

  Solidões literárias que se fazem companhia, solidões quase cibernéticas.

  Cafés, sucos e proteínas. Clarice, Dostoiéviski e Beethoven. Uma distância linear, uma proximidade musical.

  Talvez receio, talvez medo ou só a  ausência da coragem. Talvez tudo, ou somente uma tremenda falta de sorte.
      
  Talvez tu venhas aqui, talvez melhor ai. Talvez hoje...

  Não sei... Te sinto e não tenho chave. Te conheço e sei que a porta fica aberta...



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Coloque uma margarida nessa pulseira, vou gostar.