Aqui é onde a terra se despe
e o tempo se deita..

(Mia Couto, A Varanda do Frangipani)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Intérprete


  Um idioma híbrido, mistura de duas línguas diferentes e um dialeto. Belo, doce como música, não há distância, só uma linha imaginária tênue. Palavras mornas, lentas, pronunciadas com cuidado, entre elas sempre respeito ao tempo que as sinceridades precisam. Nunca machucam, sagradas como um manuscrito antigo e raro. Únicas em seus significados e simplicidade. Não caberiam em nenhum dicionário. Livres, pertencem a uma classe de palavras que não se explica.
  Um dia " morangos" entraram na conta telefônica, e outras vezes quem troca tudo sou eu. No fim o beijo não precisa de traduções...

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Coloque uma margarida nessa pulseira, vou gostar.